Plano de Combate
É o conjunto de ações tendentes a controlar e/ou extinguir o incêndio florestal. Compreende as fases de detecção, comunicação, mobilização, chegada no local, estudo de situação, combate propriamente dito e rescaldo. caso os métodos de prevenção falhem e ocorra um incêndio. É recomendável ter ferramentas e equipamentos exclusivos para isso, sempre em boas condições de uso e em locais de fácil acesso.
Na região da APA são Bartolomeu, os incêndios florestais geralmente ocorrem em épocas de seca e calor quando a vegetação (combustível) encontra-se com pouca umidade. Após iniciado o incêndio, a fumaça e os ventos quentes em torno dos locais em chamas contribuem para secar mais ainda o restante da vegetação que se encontra em volta, ajudando o incêndio a se espalhar. Pela região ter uma característica de relevo que não é plana, isso facilita a propagação, pois fogo na direção do vento e subindo os morros, são mais difíceis de se controlar e causam maiores estragos. Se o vento estiver em sentido de descida, o fogo pode se propagar para baixo. Mas isso é bem mais raro.
Outra dificuldade encontrada no controle e no combate de incêndios nessa área, é que há muitas casas ( a região é toda formada de condomínios) e facilidade de que um incêndio florestal atinja uma residência, é muito grande, por isso a extrema necessidade de se identificar e suprimir o incêndio logo no começo.
§ Formação de Brigadas
A brigada de incêndio tem como objetivo detectar e colaborar na prevenção e no combate a incêndios. Após a detecção, comunicação e localização do incêndio (tarefas essas da responsabilidade do vigia da torre), é necessário que o pessoal responsável pelo combate ao fogo, chegue o mais rápido possível ao local do incêndio.
Chegando ao local, deve-se estudar detalhadamente a situação antes de se tomar qualquer medida relativa ao combate. A primeira etapa desse estudo é uma avaliação criteriosa do incêndio: tamanho, extensão, velocidade de propagação, intensidade; clima; vegetação; rede de aceiros; estradas; e fontes de captação de água. Daí resultam: a escolha do método de combate; a distribuição dos integrantes e a seleção e uso dos recursos necessários para o combate efetivo ao incêndio florestal.
Equipamentos:
As ferramentas e aparelhos que são empregadas no ataque direto e no ataque indireto aos incêndios florestais, devendo seu ser exclusivo para tal atividade. As ferramentas devem ser utilizadas de forma correta, observando-se condições de segurança, tanto no transporte, quando no trabalho de campo. São elas:
v Machado: utilizado para derrubar de árvores e galhos. ƒ(em média R$ 45,00)
v Foice: utilizada para abertura de picadas e aceiros (em média R$ 20,00)
v Enxada: a enxada é ferramenta fundamental para corte e remoção na confecção de um aceiro. A vegetação próxima ao solo deve ser retirada com o emprego da enxada. ( Em média R$ 20,00)
v Pá: serve para abertura de aceiros e para apagar tocos e restos de madeira incandescentes ƒ (em media R$ 30,00)
v Rastelo: utilizado para limpeza de aceiros (em média R$ 15,00)
v Abafadores: servem para abafar as chamas (em média R$ 50,00)
v Bomba costal: equipamento de grande versatilidade utilizado no combate ao incêndio florestal no ataque direto ao fogo. A bomba costal possui uma capacidade de transporte de 20 litros de água sendo carregada como uma cochila nas costas do combatente.
v Pinga-fogo: serve para efetuar limpezas de mato, ou iniciar contra-fogo. A proporção da mistura no pinga-fogo é de quatro litros de óleo diesel para um litro de gasolina
Os Veículos que transportam água são fundamentais para apoio nas operações de combate aos incêndios em florestas. O eventual uso de tratores para abertura de aceiros quando o fogo é de grande intensidade e não permite aproximação direta.
§ DETECÇÃO
Tempo decorrido entre o início do fogo e o tempo que ele é visto por alguém. Quanto menor o fogo, mais fácil o seu combate. Por isto, a capacidade de detectar ou descobrir rapidamente os focos de incêndio é um dos principais objetivos dos serviços de prevenção e combate aos incêndios florestais.
§ COMUNICAÇÃO
Tempo entre a detecção do fogo e o recebimento da informação pelo pessoa responsável. Um sistema de comunicação eficiente definirá o sucesso no combate a um incêndio geralmente feita por radio ou celular. Deve-se sempre existir a comunicação entre todas as equipes de combate e o centro de socorro.
§ MOBILIZAÇÃO
Tempo gasto entre o recebimento da informação da existência do fogo e a saída do pessoal para o combate. Após a detecção, comunicação e localização do incêndio é necessário que a equipe responsável pelo combate se dirija ao local do fogo.
§ CHEGADA AO LOCAL
Tempo compreendido entre a saída do pessoal de combate e a chegada da primeira equipe ao incêndio.
§ ESTUDO DA SITUAÇÃO
Tempo gasto pelo responsável pelo combate ao fogo para avaliar o comportamento do fogo e planejar a estratégia de combate.
As ações de prevenção e combate são estabelecidas com base no índice de perigo de incêndio, obtido a partir de observações meteorológicas diárias.
Em primeiro lugar a construção de torres de observação (forma mais barata e eficiente de se identificar um incêndio) facilitam o trabalho dos brigadistas. Depois de detectado um incêndio, por meio de radio (geralmente) o local e a intensidade do incendio são informados as equipes no solo que logo se mobilizam, preparam os equipamentos e veículos e seguem para o local, para em seguida, efetuarem uma analise, um estudo e iniciar os métodos de combate.
Entre as ações de prevenção e combate de incêndios mais comuns estão:
Entre as ações de prevenção e combate de incêndios mais comuns estão:
v - Construção ou abertura de aceiros internos e externos;
v - Construção de caminhos internos para facilitar o acesso a pontos estratégicos dentro das áreas;
v - Construção de pequenas barragens no interior das áreas queimadas controladas para diminuir combustível;
Para o combate do fogo há quatro métodos principais escolhidos de acordo com a região,e com a proporção do incêndio.
Método direto - que é quando o fogo não está tão forte e permite a aproximação da brigada utilizando geralmente os abafadores e as bombas costais.
Método intermediário (paralelo) - é utilizado quando não é possível utilizar o método direto e a intensidade do fogo não é muito grande e consiste em fazer um aceiro para deter o avanço do fogo e viabilizar o ataque direto.
Método indireto - é utilizado para incêndios muito grandes, e é basicamente a abertura de aceiros com equipamentos pesados, como tratores, utilizando ainda um contra fogo para detê –lo e ampliar a faixa limpa (queima de combustível para o fogo perder a intensidade).
Método aéreo - só é utilizado em incêndios de difícil acesso e muito intensos. Helicópteros e aviões adaptados são mobilizados para o combate.
§ MEDIDAS DE SEGURANÇA APÓS O COMBATE
As principais medidas de segurança a serem adotadas após o combate ao incêndio florestal são:
- Procurar e apagar possíveis "incêndios de manchas", causados por fagulhas;
- Ampliar o aceiro em torno da área, para melhor isolamento;
- Derrubar as árvores ou arbustos que estejam queimando;
- Eliminar todos os resíduos de fogo dentro da área queimada; e
- Manter patrulhamento, com número suficiente de pessoas, até que não haja perigo de reativação do fogo. Voltar no dia seguinte, para nova verificação.
O rescaldo é a operação que deve ser tomada após o fogo extinto, para evitar que ele se reative e volte a se propagar.
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