segunda-feira, 11 de julho de 2011

Plano de Combate


Plano de Combate

É o conjunto de ações tendentes a controlar e/ou extinguir o incêndio florestal. Compreende as fases de detecção, comunicação, mobilização, chegada no local, estudo de situação, combate propriamente dito e rescaldo. caso os métodos de prevenção falhem e ocorra um incêndio. É recomendável ter  ferramentas e equipamentos exclusivos para isso, sempre em boas condições de uso e em locais de fácil acesso.
Na região da APA são Bartolomeu, os incêndios florestais geralmente ocorrem em épocas de seca e calor quando a vegetação (combustível) encontra-se com pouca umidade. Após iniciado o incêndio, a fumaça e os ventos quentes em torno dos locais em chamas contribuem para secar mais ainda o restante da vegetação que se encontra em volta, ajudando o incêndio a se espalhar. Pela região ter uma característica de relevo que não é plana, isso facilita a propagação, pois fogo na direção do vento e subindo os morros, são mais difíceis de se controlar e causam maiores estragos. Se o vento estiver em sentido de descida, o fogo pode se propagar para baixo. Mas isso é bem mais raro.
Outra dificuldade encontrada no controle e no combate de incêndios nessa área, é que há muitas casas ( a região é toda formada de condomínios) e facilidade de que um incêndio florestal atinja uma residência, é muito grande, por isso a extrema necessidade de se identificar e suprimir o incêndio logo no começo.

§  Formação de Brigadas
A brigada de incêndio tem como objetivo detectar e colaborar na prevenção e no combate a incêndios.  http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/tab.gifApós a detecção, comunicação e localização do incêndio (tarefas essas da responsabilidade do vigia da torre), é necessário que o pessoal responsável pelo combate ao fogo, chegue o mais rápido possível ao local do incêndio.
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/tab.gifChegando ao local, deve-se estudar detalhadamente a situação antes de se tomar qualquer medida relativa ao combate. A primeira etapa desse estudo é uma avaliação criteriosa do incêndio: tamanho, extensão, velocidade de propagação, intensidade; clima; vegetação; rede de aceiros; estradas; e fontes de captação de água. Daí resultam: a escolha do método de combate; a distribuição dos integrantes e a seleção e uso dos recursos necessários para o combate efetivo ao incêndio florestal. http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/tab.gif

Cada equipe deve ter entre 6 a 10 operários, sob a liderança de um chefe de equipe. Os componentes da equipe devem ser pessoas que trabalham normalmente na organização florestal, desempenhando outras funções, ou simplesmente moradores da região que previamente receberam um curso dos bombeiros com instruções sobre o combate a incêndios, que serão requisitados sempre que ocorrer um incêndio. Esse treinamento deve ser repetido periodicamente, principalmente quando houver alteração na constituição das equipes.









Equipamentos:
As ferramentas e aparelhos que são empregadas no ataque direto e no ataque indireto aos incêndios florestais, devendo seu ser exclusivo para tal atividade. As ferramentas devem ser utilizadas de forma correta, observando-se condições de segurança, tanto no transporte, quando no trabalho de campo. São elas:

v  Machado: utilizado para derrubar de árvores e galhos. ƒ(em média R$ 45,00)
v  Foice: utilizada para abertura de picadas e aceiros (em média R$ 20,00)
v  Enxada: a enxada é ferramenta fundamental para corte e remoção na confecção de um aceiro. A vegetação próxima ao solo deve ser retirada com o emprego da enxada. ( Em média R$ 20,00)
v  Pá: serve para abertura de aceiros e para apagar tocos e restos de madeira incandescentes ƒ (em media R$ 30,00)
v  Rastelo: utilizado para limpeza de aceiros (em média R$ 15,00)
v  Abafadores: servem para abafar as chamas  (em média R$ 50,00)
v  Bomba costal: equipamento de grande versatilidade utilizado no combate ao incêndio florestal no ataque direto ao fogo. A bomba costal possui uma capacidade de transporte de 20 litros de água sendo carregada como uma cochila nas costas do combatente.
v  Pinga-fogo: serve para efetuar limpezas de mato, ou iniciar contra-fogo. A proporção da mistura no pinga-fogo é de quatro litros de óleo diesel para um litro de gasolina

Os Veículos que transportam água são fundamentais para apoio nas operações de combate aos incêndios em florestas. O eventual uso de tratores para abertura de aceiros quando o fogo é de grande intensidade e não permite aproximação direta.  





§  DETECÇÃO
Tempo decorrido entre o início do fogo e o tempo que ele é visto por alguém. Quanto menor o fogo, mais fácil o seu combate. Por isto, a capacidade de detectar ou descobrir rapidamente os focos de incêndio é um dos principais objetivos dos serviços de prevenção e combate aos incêndios florestais.
§  COMUNICAÇÃO
Tempo entre a detecção do fogo e o recebimento da informação pelo pessoa responsável. Um sistema de comunicação eficiente definirá o sucesso no combate a um incêndio geralmente feita por radio ou celular. Deve-se sempre existir a comunicação entre todas as equipes de combate e o centro de socorro.
§  MOBILIZAÇÃO
Tempo gasto entre o recebimento da informação da existência do fogo e a saída do pessoal para o combate. Após a detecção, comunicação e localização do incêndio é necessário que a equipe responsável pelo combate se dirija ao local do fogo.
§  CHEGADA AO LOCAL
Tempo compreendido entre a saída do pessoal de combate e a chegada da primeira equipe ao incêndio.
§  ESTUDO DA SITUAÇÃO
Tempo gasto pelo responsável pelo combate ao fogo para avaliar o comportamento do fogo e planejar a estratégia de combate.



As ações de prevenção e combate são estabelecidas com base no índice de perigo de incêndio, obtido a partir de observações meteorológicas diárias.
Em primeiro lugar a construção de torres de observação (forma mais barata e eficiente de se identificar um incêndio) facilitam o trabalho dos brigadistas. Depois de detectado um incêndio, por meio de radio (geralmente) o local e a intensidade do incendio são informados as equipes no solo que logo se mobilizam, preparam os equipamentos e veículos e seguem para o local, para em seguida, efetuarem uma analise, um estudo e iniciar os métodos de combate.
Entre as ações de prevenção e combate de incêndios mais comuns estão:
v    - Construção ou abertura de aceiros internos e externos;
v  -  Construção de caminhos internos para facilitar o acesso a pontos estratégicos dentro das áreas;
v   - Construção de pequenas barragens no interior das áreas queimadas controladas para diminuir combustível;




Para o combate do fogo há quatro métodos principais escolhidos de acordo com a região,e com a proporção do incêndio.

Método  direto - que é quando o fogo não está tão forte e permite a aproximação da brigada utilizando geralmente os abafadores e as bombas costais.



Método intermediário (paralelo) - é utilizado quando não é possível utilizar o método direto e a intensidade do fogo não é muito grande e consiste em fazer um aceiro para deter o avanço do fogo e viabilizar o ataque direto.


Método  indireto - é utilizado para incêndios muito grandes, e é basicamente a abertura de aceiros com equipamentos pesados, como tratores, utilizando ainda um contra fogo para detê –lo e ampliar a faixa limpa (queima de combustível para o fogo perder a intensidade).


Método aéreo - só é utilizado em incêndios de difícil acesso e muito intensos. Helicópteros e aviões adaptados são mobilizados para o combate.



§  MEDIDAS DE SEGURANÇA APÓS O COMBATE
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/tab.gif            As principais medidas de segurança a serem adotadas após o combate ao incêndio florestal são:
  1. Procurar e apagar possíveis "incêndios de manchas", causados por fagulhas;
  2. Ampliar o aceiro em torno da área, para melhor isolamento;
  3. Derrubar as árvores ou arbustos que estejam queimando;
  4. Eliminar todos os resíduos de fogo dentro da área queimada; e
  5. Manter patrulhamento, com número suficiente de pessoas, até que não haja perigo de reativação do fogo. Voltar no dia seguinte, para nova verificação.
O rescaldo é a operação que deve ser tomada após o fogo extinto, para evitar que ele se reative e volte a se propagar.


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